ZMF Vérité Closed

Introdução

O significado da palavra Vérité é verdade, e verdade é sinônimo de realidade. Realidade na reprodução musical me remete ao timbre e o evento musical.

Foto – Rodrigo Pita

Antes vamos falar da marca ZMF, uma empresa relativamente pequena, criada por Zach e Bevin Mehrbach há algum tempo, mas que tem registrado um crescimento maior nos últimos anos, com a consolidação dos seus exemplares de fones dinâmicos. Uma parte dessa história foi contada pelo Leonardo, em vídeo, quando da avaliação do Vérité aberto.

O site da marca conta boa parte das informações históricas, materiais e dúvidas de como cada um dos produtos se encaixam na marca. O Innerfidelity fez o podcast de número 6 com o Zach e você poderá conferir aqui.

Zach, ao começar mais fortemente suas investidas em novos fones, com a própria marca ZMF, optou por seguir com materiais como TPE (elastômeros Termoplásticos) e Biocelulose, pois, na sua visão, os materiais metálicos mais comuns para o uso nessas situações – drivers de alto falantes – tinham uma característica de brilho metalizado que o incomodava. E disso nasceram os fones Aeolus & Atticus; Auteur & Eikon, respectivamente em suas versões abertas e fechadas.

Em 2017, aconselhado por amigos engenheiros a trabalhar com outras tecnologias – deposição de vapores nos drivers dos alto-falantes, Zach chega ao Berílio e suas propriedades, que proporcionam velocidade ao som dobrada em relação aos metais tradicionais utilizados em áudio. E foi assim que com pesquisa, ele combina o PEN, um material semelhante ao TPE, mas com maior robustez, e a deposição de vapor de Berílio na composição dos drivers que hoje, de modo mais aprimorado, são utilizados na linha Vérité.

E chegamos no Vérité Closed, que chamarei de VC, um fone que foge ao padrão dos exemplares fechados de antigamente e que se encontra posicionado no mercado por 2.499 dólares, preço base, isto é, sem opcionais.

A versão que avaliei, gentilmente cedida pelo Paulo Mário, é uma edição limitada e produzido na madeira Desert Ironwood, que por sinal, ficou muito bonita no conjunto.

Aspectos Físicos

Foto – Paulo Mário

Já tive contato mais próximo com o Auteur e um breve contato com o Vérité avaliado pelo Leonardo e fico satisfeito no geral com a construção e apresentação dos ZMF.

Em termos estéticos, eles me agradam; acho bonitos, embora esse modelo que estou avaliando tenha dimensões muito avantajadas para fora da cabeça, o que me passa uma sensação menos orgânica. É uma verdadeira protuberância para as laterais da cabeça. Imagine usar isso no trabalho, já que é um fone fechado? Irá chamar atenção, mas será por uma boa causa.

Todas as partes visíveis são bem construídas e acabadas e ele consegue me transmitir uma sensação importante: longevidade. Acredito que esse fone vá durar bastante, ao contrário das experiencias mais antigas de outras marcas com madeiras. Imagino que a ZMF possa ter aprendido com os erros anteriores.

Foto – Rodrigo Pita

Algumas críticas que faço recaem sobre o sistema de ajuste de altura do fone, que ainda é um tanto ruidoso, embora já muito utilizado. É difícil de mudar as posições.

Outra crítica que faço recai sobre o conforto: o VC está no limite dele. Sei que isso é relativo e para você, leitor, isso pode não ser uma questão, mas o fone não é leve – nessa versão pesa entre 545 g e 570 g; e não temos o melhor sistema de apoio de cabeça, as suspension heads. A ZMF optou por incluir uma tira mais larga que a alça que apoia na cabeça, o que colabora para distribuir melhor o peso, mas não cumpre os efeitos de uma suspensão. Ainda assim, são pormenores que somem no meio da apresentação, construção, acessórios disponíveis e suporte que a marca oferece.

O fone pode vir tanto em uma caixa de madeira cerejeira, exclusiva da marca, quanto em um case estilo Pelican, a escolha do comprador. Acompanham 2 pares de pads. Há diversas opções de cabos disponíveis no site; o cabo padrão incluso, embora simples, é honesto e ergonômico. Os conectores que vão nos cups seguem o padrão adotado pela Audeze e Meze, o que facilita a reposição e uso de cabos de terceiros.

É possível escolher, também, o tipo de madeira, um capítulo à parte no conceito ZMF sobre o assunto e que pode ser apreciado neste vídeo.

A garantia para os drivers é vitalícias, oferecidas ao comprador original do fone.

Os fones da ZMF me transmitem equilíbrio entre um produto industrial e um manufaturado. Percebo neles uma construção sólida, esmerada e que parece que vão durar muito, mas, ao mesmo tempo, parecem feitos especialmente por alguém, para alguém. Aqueles que gostam desse toque de exclusividade têm na ZMF uma marca para seguir.

E o som?

Vérité Closed & DNA Stellaris (foto – Paulo Mário)

O ZMF está, facilmente, entre os melhores fones, e com certeza é o melhor fone fechado que já ouvi até agora. Toda percepção anteriormente discorrida vem muito bem apoiada no que importa: o desempenho sonoro é fantástico.

O nome do fone, “Verdade”, carrega o sentido daquilo que ouço. Como disse na abertura dessa avaliação, verdade musical, na reprodução, tem me remetido muito ao timbre e ao evento musical. Me permitam um disclaimer para explicar isso melhor.

Timbre entendo ser o DNA dos instrumentos e vozes no que diz respeito ao reconhecimento deles. É um assunto especialmente difícil no “audioentusiasmo”, uma vez que são poucas as pessoas que podem conviver com os diversos instrumentos possíveis de estarem nas bandas, orquestras, concertos etc. Conseguimos reconhecer, claro, uma guitarra, violão, bateria, violino, piano, mas há outras camadas e nuances, tais como os instrumentos que não são comuns ou de massa; e o timbre natural destes, dentro de cada marca, ou até mesmo as afinações que cada artista dá para os seus instrumentos. Isso não é do dia a dia da esmagadora maioria de pessoas que ouvem música em qualquer situação.

Foto – Rodrigo Pita

Evento musical, na reprodução, me remete a cena sonora, a paisagem musical que, nos fones, tende a ser mais antinatural – esquerda e direita e dentro da cabeça. E mesmo em caixas ou rádios, um som confuso, embolado e com poucos detalhes. No nível desse fone que estou avaliando, e até caixas, os sons já não são confusos, embolados ou com poucos detalhes. Estamos no nível das pequenas particularidades, geralmente recorrendo a testes A/B para verificar diferenças. O evento musical é uma paisagem, um cenário, que cada vez mais os fones de alto nível têm procurado apresentar avanços, seja por uma altíssima resolução e velocidade, mas também pela soma de um projeto acústico complexo, como o Audeze LCD-4, Sennheiser HD800 e 800S, o ZMF Vérité Closed e o Focal Utopia. Neste sentido, os fones fechados necessitam de maiores cuidados de projeto, afim de evitar reverberações e prejudicar o arejamento e a espacialidade, mas o VC consegue muito bem resolver isso e tem sido essa a tendência dessa nova safra de fones fechados – Focal Elegia, Ether C Flow, LCD-XC, o próprio VC em questão e, do que dizem, o Sennheiser HD820 e Sony Z1R.

Dito isto, voltando para o ZMF, resumiria esse fone com duas palavras: orgânico e verdadeiro. É um fone maduro e que busca acarinhar seus ouvidos com todo o poder que a música pode ter para você.

Testei o VC com as pads “Universe” e infelizmente não pude ouvir com o outro par que acompanha o fone. Ainda assim, percebo um equilíbrio tonal exemplar, onde cada frequência está em boa proporção no espectro. Não é um fone exatamente neutro. É o som da casa ZMF.

Vérité (pontilhada) & VC – pads Universe

O gráfico de resposta deles, disponível no site, traduz em boa medida essa questão. O VC não soa agressivo, porque não exagera nos graves e não apresenta qualquer brilho excessivo, com agudos muito proeminentes.

Vérité & Vérité Closed (Foto – P.M.)

A linha de baixo do fone tem peso, corpo, muita textura e excelente extensão. E não me parece manchar a região dos médios. É um fone que é capaz de empolgar nessa região, se assim for a batida da música. Em Get It Like That, do The Aristocrats no álbum “Aristocrats”, que é fortemente marcada pela região dos subgraves e graves, mas também com boa atividade na região dos médios e detalhes importantes na região das altas, conseguimos sentir todo o peso e corpo deles sem que isso prejudique as demais frequências. Não parece que estamos perdendo música aqui. E ao final dela, entra uma sequência de quase 1 minuto de pura confusão musical, proposital, e o VC resolve super bem, mantendo os instrumentos nos lugares, mas no emaranhado que é da música.

A região é levemente calorosa, mas acaba proporcionando uma sensação de verdade fática durante a reprodução musical. No álbum “Random Access Memory”, do Daft Punk, um álbum muito bem gravado e rico em detalhes e nuances, acabo ficando embasbacado com a apresentação suave e sedosa, mas ainda muito detalhada do fone, em contraposição ao Ether C Flow 1.1, setado para a configuração mais relaxada possível. O fone da Dan Clark, antiga MrSpeakers, mesmo nessa configuração, escancara mais os detalhes e os brilhos da música, o que não é ruim, mas o mergulho puro e simples na música, é mais forte no VC.

A região dos médios do VC me pegou completamente. Virei fã confesso dos Audeze e Stax 007 nessa região e me encontro surpreso, agora, com o som da casa da ZMF. Eles guardam aquele calor, realismo e envolvimento típicos, que garante energia e vida para a região. Na música Just Like U Said it Would B, da fabulosa Sinéad O’Connor em “Lion and the Cobra”, a voz da cantora Pop-Rock Irlandesa me parece incrivelmente real, inclusive quando ela coloca as modulações de tom na canção. É verdadeiro. E o restante da apresentação musical vem completando perfeitamente a voz da artista.

Foto – Rodrigo Pita

Preciso pontuar, ainda que não seja uma crítica de fato, que esse fone servirá menos para gêneros como metal e derivados, onde geralmente a região dos médio-graves pedem um peso maior, devido à natureza da mix. As regiões mais baixas das guitarras e bumbo da bateria, como ao ouvir Overkill ou Iron Maiden, pode faltar o peso e o tom mais cru que um Grado oferece; ou até mesmo um Elear e LCD-2. Há momentos que prefiro, inclusive, o Shure para esse tipo de som, quando quero apenas ouvir sem analisar; ser passional. É uma questão de preferência, ok. A pegada para esses estilos está longe da leveza e sensação etérea de que um HD800s ou HE-1000v2 me transmitem, embora tecnicamente ambos estejam mais corretos. Ouvir prog nele é bom e Megadeth passou bem também.

Os agudos desse fone me parecem em sintonia fina com os médios, uma continuidade perfeita da região intermediária e ainda bem marcados em sua posição. São levemente acentuados, conferindo a sensação de um fone fechado bastante aberto sonoramente. Ainda assim, mesmo com esse acento na região dos agudos, na região da presença (4 até 9kHz) ele encanta e não tem qualquer traço de brilho excessivo ou fatigante. É o típico jeito relaxado, mas real e correto; factível.

Foto – Rodrigo Pita

O álbum “Sketches Of Spain”, do Miles Davis, uma obra de 1960 e anterior ao filtro pré-emphasis, pode soar torturante em muitos fones de alto nível, mas ainda assim, me sinto em posição mais confortável ao ouvi-lo no VC. Entendo como o trompete do Miles precisa ser demonstrado com a energia que lhe é própria, materializada com o gênio. Consigo entender isso perfeitamente nesse fone, algo que se tornou uma referência para mim entre o equilíbrio e a energia necessárias para essa região.

A extensão é excelente, como deveria ser, e sem exagerar as proporções de médio-agudos e agudos, me soando excelente para, de novo, a música ser pura e simplesmente ouvida.

Resolvi, então, traçar paralelos rápidos e focados no som com outros fones fechados que tenho disponíveis para isso: o MrSpeakers Ether C Flow 1.1 (“filtro” branco) e o Audio-Technica W3000ANV, um clássico já avaliado aqui no MTH. E não poderia deixar de compará-lo com o Focal Utopia.

VC & W3000ANV

Foto – Leonardo Drummond

A comparação é um pouco fora da curva, mas interessante de se fazê-la. Vale lembrar que o W3000ANV praticamente não existe mais e os exemplares que existem estão bem guardados ou são vendidos por altos valores para colecionadores. Obrigado Bruno pelo empréstimo.

Em som, porém, as coisas ficam interessantes. Para os meus ouvidos, os dois fones buscam o lado da eufonia, tentando sumir ao apresentar a música para o ouvinte. Acontece que lado a lado, é possível perceber a levíssima coloração que o W3000ANV dá para a música e que o ZMF te mostra com mais realismo ou organicidade. É uma questão de preferência aqui, mas escolheria o exemplar da ZMF, caso conseguisse superar o apego emocional que é ter uma lenda que toca tão incrivelmente bem.

VC & Ether C Flow 1.1

Ether C Flow 1.1

Aqui é que as coisas ficam interessantíssimas: 2 fones no cenário atual, disputando espaço. O exemplar da Dan Clark custa 1799 dólares, portanto, 700 dólares mais barato e isso não é nada desprezível, sobretudo em época de coronavírus e loucura econômica mundial. E a filosofia de mercado Dan Clark Audio é muito digna, ou seja, ela costuma lançar upgrades compatíveis para os fones de uma linha, quando não, os upgrades são universais a mais de uma linha. É o caso da linha Ether, aberta ou fechada, com a atualização para a tecnologia Flow e agora para 1.1. O custo para obter essa atualização 1.1 é de 30 dólares. Louvável essa conduta da marca, que não desatualiza um produto com pequenas mudanças.

Já em som, as escolhas das marcas são diferentes. O Ether soa mais neutro e correto, mesmo configurado para um som mais relaxados – maiores informações aqui. Também é um fone bastante aberto, de uma sonoridade muito espacial e que surpreende tanto quanto o VC. Os detalhes estão mais escancarados, frontais, mas em uma paisagem maior, oposto ao Stellia, da Focal. Há uma leve diferença entre eles no timbre, que me parece mais agradável e real no ZMF, e consigo certificar melhor isso quando triangulo com o Focal Utopia, minha referência para timbres na reprodução musical.

Não quero definir um vencedor. Eles poderiam, no limite, coexistirem em um setup, podendo serem usados em momentos diferentes. O VC desaparece quando na cabeça, relacionado a som. É o prazer em forma de fone para se ouvir música.

VC & Focal Utopia

Foto – Bruno Legramandi

A comparação aqui não é proporcional do lado técnico, já que estamos falando de um exemplar aberto e um fechado. No entanto, é interessante fazê-la porque, na prática, imagino que eles possam concorrer e são 1500 dólares de diferença. Forte apelo, portanto.

Os dois exemplares usam o berílio de maneiras diferentes. Na prática, desde o primeiro momento que ouvi os dois fones tive sensações semelhantes: alto grau de realismo e verdade fática.

Focal Utopia

O Utopia continua sendo, pra mim, o fone que consegue ser o mais resolutivo, realista e detalhado, numa apresentação direta e frontal, sem meias palavras, que devido ao alto grau de resolução e transparência, por vezes é mais agressivo. O VC, por outro lado, segue nesse caminho do realismo, com bons níveis de transparência, resolução, clareza e detalhes, mas é nitidamente menos cansativo em uma apresentação menos frontal. Ele tem melhor espacialidade e arejamento tão bom quanto. E consegue, nos momentos certos, projetar um pouco melhor o palco sonoro para frente do ouvinte. O Utopia parece depender mais da boa qualidade da música e de psicoacustica.

Me perguntaram: você escolheria o ZMF no lugar do Utopia? Se dinheiro não fosse uma questão, teria os dois. Acho que as apresentações são complementares, até certo ponto. Como dinheiro é, via de regra, uma questão, escolheria de coração partido o Utopia, mas entenderia perfeitamente quem optasse pelo contrário. São dois exemplares fascinantes em suas respectivas apresentações.

Conclusão

Foto – Rodrigo Pita

Essa foi uma avaliação prazerosa de se fazer e espero ter conseguido transmitir isso, pois o ZMF Vérité Closed entra no meu radar de melhores fones. Ele joga na liga do Focal Stellia, custando pelo menos 500 dólares a menos e, sinceramente? Prefiro o ZMF. E a meu ver, ele pode competir, mesmo fechado, com Empyrean e LCD-4, dois exemplares que, a sua maneira, buscam ser eufônicos, conciliando técnica e arte, elementos próprios do que é música. E poderia ser a preferência numa disputa com o Utopia.

Verdade seja dita, nenhum dos fones disponíveis nesse patamar e que já tenha escutado, fez feio. Todos estão bem acima da média, fazendo apresentações incríveis. E se cabe um alento dentro desse cenário de fones cada vez mais caros, esses ZMF são os que mais entregam pelo preço que se paga. Infelizmente não pude ter um contato mais prolongado com o Ether 2, que custa 499 dólares a menos e a filosofia da marca de atualizações é muito interessante.

E para encerrar, fico contente com esse movimento de somar evoluções em timbre e evento musical, que tratam de realismo e verdade fática. Tratam de Vérité.

Entre outros, cantaram:

  • Gal Costa – Bem Bom – (16/44);
  • Gal Costa – Gal Costa e A Pele do Futuro ao Vivo – (Tidal);
  • Duda Beat – Sinto muito (Tidal);
  • Luedji Luna – Um Corpo no Mundo – (16/44);
  • Badi Assad – Verde – (Tidal);
  • Angélica Duarte – Odara – (Tidal);
  • Maria Bethânia – Pássaro Proibido – (Tidal);
  • Maria Bethânia – Maria Bethânia Sem Limite – Tocando em Frente” – (Tidal);
  • Zamajobe – Ndawo Yami – “Ye Wena Sani” – (Tidal);
  • Imelda May – Love Tattoo – (Tidal);
  • Charlotte Cardin – Big Boy EP – (16/44);
  • Caetano Veloso – Transa (24/96);
  • Caetano Veloso & David Byrne – Live at Carnegie Hall –e  (16/44);
  • Caetano Veloso e Gilberto Gil – Two Friends, One Century of Music – (16/44);
  • Milton Nascimento – Clube da Esquina e Txai – (Tidal);
  • Macaco Bong – Deixa Quieto (Tidal);
  • Red Hot Chili Peppers – The Uplift Mofo Party Plan – (16/44);
  • Primus – Sailing the Seas of Cheese – (24/96);
  • Sun Ra – Jazz In Silhouette – (16/44);
  • Nils Lofgren – Acoustic Live (16/44);
  • Carlos Kleiber – New Year’s Concert In The 150th Jubilee Year Of The Wiener Philharmoniker (16/44);
  • Olivier Latry – Bach to the future (24/96);
  • Mastodon – Crack the Skye – (16/44);
  • Death – The Sound of Perserverance – Reissue – (Spotify);
  • Overkill – The Grinding Wheel (24/96);
  • Iron Maiden Seventh Son Of A Seventh Son (16/44);
  • Daft Punk – Random Access Memories – (DSD128);
  • Pink Floyd – The Dark Side Of The Moon – (16/44);
  • Michael Jackson – Thriller – (16/44);
  • Arne Domnérus – Jazz at the Pawnshop: 30th Anniversary (Tidal);
  • Guts – Hip Hop After All – (mp3 320kbps);
  • Felix Hell – Organ Sensation – “Prelude” e “Fugue” – (Tidal);
  • Jonas Nordwall – Widor – (24/88);
  • Julian Bream – The Essential Julian Bream – (24/44) e J.S. Bach – (16/44);
  • Royal Flemish Philharmonic – Ludwig van Beethoven: Symphony No.9 in D minor – (DSD64).

Equipamentos associados:

  • Galaxy Note 10+ e UAPP;
  • PC Windows com Audirvana Plus e Foobar;
  • Chord Hugo 2 (DAC e Amp);
  • Violectric V281 (amp SS);
  • iFi xDSD (DAC e Amp).
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