A Volta do MTH!

Oi, gente!

Se você acompanha esse espaço, deve ter percebido que ando sumido – quer dizer… em texto. O canal no YouTube está a todo vapor e tem crescido muito nos últimos meses. Resumidamente, o que aconteceu é o seguinte: durante quase dez anos, mantive esse espaço (em seus diversos formatos) puramente por hobby. No entanto, cheguei em um momento em que não poderia mais investir uma quantidade significativa de tempo e esforço em algo que não me trazia basicamente nenhum tipo de remuneração. Afinal, preciso pagar minhas contas.

Se esse “portal” (se eu puder chamá-lo assim) fosse continuar sendo um hobby, ele deveria ter um espaço de hobby em minha vida. E manter um site e um canal no YouTube com posts recorrentes seria inviável. Por isso, precisei buscar modelos de remuneração que me permitissem tornar o MTH mais do que um hobby. Tentando resumir, porque o post não é para falar de mim: criei uma campanha no apoia.se que teve um resultado muito além do que eu esperava. Uma das primeiras metas de arrecadamento eram justamente para conseguir voltar com os textos.

Mais do que isso: agora, não estarei mais sozinho por aqui. Convidei dois amigos em quem confio muito para dividir esse espaço comigo. Eles vão falar sobre suas experiências no mundo dos fones, e tornar toda a discussão que temos por aqui muito mais rica. O primeiro dele é o Matheus. Mas vou deixar que ele se apresente.

Oi, tudo bem? Me chamo Matheus. Sim, isso mesmo, alguém novo. Bem, não exatamente novo, mas diferente.

Mas antes, quem é esse Matheus? Antes de ser questionador, curioso, debochado, mas que busca ler e ouvir, interessado pelo hobby, mas… sem exageros, sou pessoa com deficiência e isso também me coloca em uma relação especial com a música e os equipamentos, dentre tantas outras coisas, para o bem e para o mal. Nasci assim há 32 anos. Escolhi ser Arquiteto e Urbanista e, geralmente, tanto o arquiteto, como a profissão, têm alguma relação com a música, nem que seja para estimular seus próprios processos criativos, algo intimista. E muitas vezes, hoje, essa é a minha relação com ela.

Estou de cabeça nesse hobby, consciente e engajado, há menos tempo que essa relação, obviamente, mas a menos tempo também que muitos anciãos, ilustres conhecidos e muitos desconhecidos. Diria que há 1 ano e meio entrei de cabeça em algo melhor, e comecei com um Philips Fidelio X2. Antes, já tivera Sennheiser HD205, Superlux HD681 e Fidelio L2, no entanto, não era consciente que isso viria a se tornar um hobby. Agora é que as coisas estão “insanamente” boa e quero contribuir. Espero poder contribuir não com algo inédito, mas pela diferença. Saibam que estou na trilha e talvez essa seja a contribuição. Contar o que já vi no caminho, as bifurcações que vi e os sentidos que escolhi, como me ensinaram algo e os prazeres, e desprazeres, que tive. Eles podem ser concretos, como quando resolvi comprar produtos; mas pode ser abstrato, como descobertas musicais ou quando passei bons dias com clássicos do hobby, mas tive que devolver. E é isso nessa trilha que espero contribuir. É ir junto, podendo narrar um pouco mais.

Para começar essas narrativas, embora não consiga me lembrar exatamente da primeira vez que acessei o mindtheheadphone, ou o primeiro comentário, resgatando minhas memórias com a música, aquelas que marcaram, me lembro bem das fitas K7 do Raul Seixas rolando em viagens com a família. Eu era bem pequeno e a música que mais recordo-me era “O dia em que a terra parou”. Lembro-me, também, dos meus 2 primeiros CD´s, já no início da adolescência. Foram logo dois: Blink 182 – “The Mark Tom and Travis Show” e Capital Inicial – “Acústico MTV”.

Interessante é lembrar disso e não encontrar na memória os artistas que hoje são bem mais característicos das preferências dos meus pais, como Chico Buarque, Elis Regina e Clara Nunes. Ou ainda, lembrar que minha irmã, na minha época de Blink 182, ouvia “outros” rocks, como Bon Jovi e Metallica, por exemplo. Agora fico refletindo o quanto eles influenciaram minhas preferências musicais, e, sinceramente, pela música, acho que pouco. Esta, pra mim, encontrou raízes como expressão pessoal e linguagem social. Disso, tanto Metallica, como Chico, Elis, Clara Nunes, Rage Against the Machine, Bob Marley, Racionais e muitos outros, passaram a ter significados mais fortes. E ainda hoje é assim.

Pouco tempo depois dos 2 primeiros CD´s, veio o primeiro micro system da Philips; prata! E depois, uma caixa de som dessas retangulares, de festa, com auto-falantes de 12” e uma corneta. E depois, o primeiro Mini System, um Gradiente. Desde aquele tempo fazia buscas por coisas melhores, que na verdade, do ponto de vista das qualidades que compreendo hoje, àquilo nem sequer pensava ser.

Foi na faculdade, porém, que a música tomou mais proporção e o envolvimento com os equipamentos começaram a crescer. Comecei a trabalhar já no 2º ano e pude comprar meus primeiros equipamentos “mais refinados”: um impressionante, no meu imaginário, Logitech Z5500, com selo THX, que eu fazia questão de mencionar aos quatro ventos. Ai ai… ainda bem que amadurecemos! E na faculdade, também, que o sentido de expressão social e linguagem social tomaram mais forças! As pessoas que conheci e me relacionei, de um modo geral, em vários cursos, acabaram compondo de algum modo com meus gostos de hoje. Se gosto de jazz, funk, inclusive o brasileiro, e ska, obrigado a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, minha formação, e Artes, estreita relação.

Por enquanto é isso. Espero que gostem e que possam mergulhar nas narrativas, se possível, pois elas constroem e as interações me trazem fôlego.

Até já.

Por hoje, é só. Recomendo que você veja esse vídeo, em que explico mais sobre a campanha. Em breve, você vai ter mais notícias do outro convidado, e minhas também. O MTH está de volta!

Um grande abraço!

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