O Natal está chegando, e os presentes também! Por isso decidi, com a ajuda de alguns estimados amigos, fazer uma lista de equipamentos, de diversos tipos e faixas de preço, que têm tudo para agradar. Aí vai!
Disponível no Brasil? Sim.
Fiquei muito impressionado com o SHE3590 por bons motivos: esse minúsculo e barato in-ear é pequeno e conveniente, confortável, provê um ótimo isolamento, é bem construído e, melhor de tudo, é muito competente em termos de som: bons graves, médios capazes e agudos interessantes. O único problema é um pico um pouco forte nos médio-agudos, que pode prejudicar seu desempenho em gêneros mais pesados, mas nada que não possamos facilmente esquecer tendo em vista o preço absurdamente baixo.
Preço: US$35,00
Disponível no Brasil? Não.
Equilibrado, detalhado, bem construído e durável. Essas qualidades me fizeram entender o motivo pelo qual este pequeno fone ter ganho o prêmio de melhor em sua categoria pela What HiFi por quatro anos seguidos. Junte tudo isso com o preço mais que amigável com qualquer bolso e temos a fórmula da alegria garantida. – Guto Pereira
Preço: US$59,00
Disponível no Brasil? Não.
Acho que o IM50 foi uma das minhas maiores surpresas do ano. Não é que eu esteja falando de um giant-killer, mas ao mesmo tempo, poucas vezes ouvi um in-ear tão musical a um preço tão relativamente baixo. Eu já havia ouvido alguns in-ears da Audio-Technica antes e não gostei muito de nenhum – o IM50 foi a redenção. Ele não é, como o nome implica, uma versão em miniatura do M50. Acho, inclusive, que são opostos. Mas se você estiver buscando um in-ear doce, suave e musical, não consigo pensar em nada melhor pelo preço.
Preço: US$399,00
Disponível no Brasil? Não.
Meu antigo JH13 Pro foi, por muito tempo, meu fiel escudeiro. Era, junto com o JH16 Pro, o topo de linha da marca, enquanto o JH5 Pro era o mais simples. No entanto, quando ouvi a versão de demonstração do JH5, fiquei impressionado com o quão próximo ele era do JH13 Pro, ao mesmo tempo em que parecia apresentar uma versão diferente de uma mesma linha sonora. Sua personalidade é mais eufônica, com um maior foco na região média, e em termos técnicos, como detalhamento, transparência, extensão nos extremos e palco sonoro, ele ainda está atrás do irmão mais velho. Mas na habilidade de te fazer aproveitar a música, você se surpreenderia com o quão próximos eles estão.
Preço: R$3.199,00
Disponível no Brasil? Sim.
O Miracle por um bom tempo foi o Flagship da marca Unique Melody e, se hoje perdeu este posto para o Mentor, continua tão querido para mim quanto no dia que o recebi. A construção e acabamento do fone são impecáveis. Um fone ultracorreto e transparente mas que não é monótono. Graças à quantidade de drivers também tem um bom desempenho na reprodução dos graves, sem uma pressão desnecessária ou impacto excessivo. Com ele não tenho fadiga auditiva e recebo sempre uma apresentação irrepreensível, muito apurada. E se ele brilha com Norah Jones, consegue me deixar satisfeito até com minha coleção de álbuns de metal. Meu fone de referência e, se hoje existem custom in-ear monitors melhores tecnicamente, nada substitui este no meu set. – Tulio Tanikawa
Preço: R$4.100,00 custom/R$3.375,00 universal
Disponível no Brasil? Sim.
Você SABE que vai ouvir uma coisa muito boa, excelente. Você já ouviu antes o Miracle e o Merlin, que são fabulosos. MAS, você não está preparado pro que vem! É uma parede de som, mas ao mesmo tempo suave e detalhista. Com muito impacto, mas com toda a beleza e perfeição dos instrumentos. O mais perto que ouvi da perfeição. Quero um pra mim! – Mário Lemos
Preço: US$1.649,00
Disponível no Brasil? Não.
Simplesmente o melhor in-ear que já ouvi até hoje, por uma boa margem. O Roxanne reúne todas as inovações que tornaram a JH Audio famosa, num monstro de 12 drivers por lado e que compõem, no final das contas, uma sonoridade assustadoramente transparente, espacial e, ao mesmo tempo, orgânica e eufônica. Para completar, há um controle de graves no cabo e a possibilidade de construção em fibra de carbono.
Preço: R$139,00
Disponível no Brasil? Sim.
Um dos melhores fones mais baratos disponíveis no país, junto com os Philips Citiscape, os Superlux e possivelmente o Edifier H850. Pode não ser particularmente impressionante esteticamente e em termos de construção, mas é muito competente, confortável, produz um bom isolamento e, o melhor de tudo, é responsável por uma excelente qualidade de som: consegue ser bem equilibrado ao mesmo tempo em que mantém uma dose saudável de divertimento. Altamente recomendado.
Preço: R$249,00
Disponível no Brasil? Sim.
Se um fone é lançado no mercado em 1984 e permanece à venda (e vendendo muito bem, diga-se de passagem) por 30 anos, certamente existem boas razões pra isso. O Koss PortaPro é um fone barato, pequeno, conveniente, e apresenta uma excelente qualidade de som: apresentação autoritária e quente, com bons graves, excelentes médios e agudos presentes porém suaves e refinados. O único problema é a total falta de isolamento e (se isso for um problema para você) o visual retrô demais. Ah, e cuidado com as falsificações, possivelmente mais comuns no mercado que o original!
Preço: US$99,00
Disponível no Brasil? Não.
Sou fã assumido da Grado: sonoridade nua, crua, direta, agressiva e na cara, que soa absolutamente sensacional com rock mas, curiosamente, com estilos mais calmos me parece extremamente natural, despida de embelezamentos. Essas constatações valem para praticamente todos os modelos da marca que já ouvi e é uma personalidade muito diferente de qualquer outra coisa que exista no mercado – a vejo como incrivelmente orgânica e fidedigna. O SR80i (o que também deve valer para o mais novo SR80e) é um dos modelos mais baratos da marca, mas já deixa claro o motivo pelo qual a Grado é tão adorada no círculo audiófilo. Entusiastas de fones de ouvido têm a obrigação de, em algum momento, ouvir um fone da marca. Quando ouvir, (pode até levar um tempo mas) acho que você vai entender.
Preço: US$140,00
Disponível no Brasil? Não.
Gosto muito do Audio-Technica M50. Trata-se de uma recomendação clássica pelos seguintes motivos: para 99% das pessoas, ele tem todas as capacidades para se tornar um fone definitivo: sonoridade muito divertida porém sem perder a compostura, confortável, ótimo isolamento e robustez invejável. E, para audiófilos ou iniciantes no mundo da audiofilia, se trata de um fone energético, transparente e muito interessante para gêneros e gravações mais modernas.
Preço: R$1.599,00
Disponível no Brasil? Sim.
O HD 25-1 II é, para mim, um portátil basicamente perfeito: a questão, além de sua sonoridade equilibrada mas muito energética e empolgante, é que trata-se de um on-ear pequeno, confortável, com bom isolamento e, crucialmente, extremamente resistente. O fone foi projetado para DJs, e por isso os plásticos têm aparência simples, tendo sido feitos para aguentar anos de abuso, e todas as peças são substituíveis pelo usuário. É um fone que não dá pena jogar na mochila sem se preocupar com nada – ele vai simplesmente estar lá quando você precisar.
Preço: US$189,00
Disponível no Brasil? Não.
O AKG K701 e sua variante para o mercado profissional, o K702, faziam parte do “Trio Ternura” dos fones de ouvido da década de 2000, junto com Sennheiser HD600/HD650 e Beyerdynamic DT880 Premium. Dentre esses, era visto como o mais aberto, espacial e arejado, com o maior palco sonoro. Apesar de ele não ter alcançado a mesma fama dos concorrentes da Sennheiser, que apresentavam uma personalidade mais quente, eufônica e consequentemente universal (o AKG é mais analítico), é basicamente unânime que ele é, tecnicamente, um jogador do mesmo nível. E com a versão assinada pelo Quincy Jones, a AKG melhorou um pouco os graves, transferiu a produção para a China e passou a vender o fone por menos de 200 dólares – para efeito de comparação, o HD650 ainda custa 400. Uma verdadeira barganha. Só não se esqueça que você também vai ter que gastar um pouquinho com amplificação – esse fone não é exatamente fácil de empurrar.
Preço: US$399,95/US$499,95
Disponível no Brasil? Não e sim.
O HD600 está perto de completar 20 anos e o HD650 tem 11. Mas o tempo não diminuiu as proezas desses dois fones – acho que pelo contrário. Eles continuam sendo espetaculares. Eles são bem parecidos, mas quanto o HD600 é mais neutro e natural, o HD650 é deliciosamente eufônico. Já tive um HD600 e hoje tenho um HD650, mas isso acontece mais pelo fato de eu querer, em meu sistema, algo que desempenhe um papel mais próximo do que o HD650 oferece. Ainda costumo recomendar o HD600, também pela diferença de preço, mas o que é inegável é que os dois não são apenas marcos na história dos fones de ouvido: ainda têm a raríssima capacidade de desaparecer e de deixar só a música ficar. São, sem dúvida alguma, duas das melhores ferramentas para se ouvir música disponíveis no mercado, em qualquer faixa de preço.
Preço: US$899,00
Disponível no Brasil? Não.
O Hifiman HE500 esteve por muito tempo em minha coleção. É um fone incrivelmente capaz, e que prefiro ao Audez’e LCD-2 sem pensar duas vezes. Traz todas as vantagens dos planar-magnéticos numa sonoridade autoritária, musical e extremamente divertida. O HE-560 é a revisão do HE500: muito melhorado fisicamente (mais bem construído, mais leve e mais confortável) e pareceu corrigir as imperfeições apresentadas pelo HE500 em termos de som. É mais suave porém mais transparente e não há mais o pico nos agudos que impedia que eu considerasse o HE500 um fone natural. O HE-560 é um daqueles fones que está fadado a agradar.
Preço: R$5.699,00
Disponível no Brasil? Sim.
Quando tinha um 650 e coloquei o 800 nos ouvidos, em três segundos eu disse: fu***. Vou comprar um pra mim. É um fone veloz, rápido, com muito palco e que apresenta os instrumentos como eles são, com o tamanho com que foram gravados. É um SACO de parear com amplificadores, pois quanto mais você melhora a amplificação, melhor ele fica. É um SACO de parear com fonte, pois ele quer TODOS os detalhes, todo o espectro musical e TODA a perfeição. SE você quer ouvir música, é um melômano e não um pretenso “audiófilo”, o 650 ainda é o melhor fone. SE quer trilhar o caminho e ser recompensado DEMAIS, este é O fone. Acima dele, meu caro, somente os eletrostáticos, e MUITO mais grana – Mário Lemos
Preço: R$6.500,00
Disponível no Brasil? Sim.
A Audez’e foi, junto com a Hifiman, responsável pelo retorno dos fones planar-magnéticos ao mercado, com seu famosíssimo LCD-2. Ao mesmo tempo em que reconheci facilmente seus talentos, não é um fone do qual gosto muito, principalmente pelos graves que considero muito exagerados. O LCD-X, apesar de não resolver as questões físicas – peso e pressão lateral – do irmão menor, é muito mais capaz em termos de sonoridade, sendo mais neutro, assustadoramente natural e mais do que apropriado para qualquer gênero. É uma recomendação fácil – o maior empecilho é o preço, que o restringe aos audiófilos mais afortunados.
Preço: US$4.450,00
Disponível no Brasil? Não.
O Stax SR-009 é a exceção dessa lista porque nem eu e nem os amigos que colaboraram com ela o ouvimos. Mas a única coisa que precisamos saber é que se trata do eletrostático topo de linha da Stax – e quem já ouviu os modelos mais “simples”, como o SR-007 sabe do que eles são capazes –, produzido em série e que, de acordo com um número não tão pequeno de entusiastas, conseguiu superar o incrível Sennheiser Orpheus. Ponto final.
Preço: R$230,42
Disponível no Brasil? Sim.
Os players SanDisk Sansa fazem bastante sucesso no mercado audiófilo há tempos, por oferecerem uma excelente qualidade de som – comparável à dos iPods – num aparelho realmente minúsculo, vendido a um preço muito baixo. O Clip Zip ainda aceita cartões de memória para aumentar a capacidade de memória. Se o sistema Rockbox for instalado, é muita alegria para pouco investimento.
Preço: US$169,99
Disponível no Brasil? Não.
Quanto a FiiO lançou seu canivete suíço do áudio, o E17, os elogios não eram poucos, mas acho que sempre ficou um gostinho de “quero mais” por um simples motivo: aquela pequena telinha dava a entender que aquele atraente e compacto aparelho era também um player, e não somente um amplificador e DAC. Bom, parece que a FiiO ouviu, e é exatamente isso que o X3 é: também funciona como amplificador e DAC (porém apenas em conjunto, pela entrada USB) mas é também um player muito competente, sem custar muito mais caro. Apesar de um ou outro problema de interface e navegação, acho que a ideia de um player portátil que pode ser ligado a um computador e funcionar como DAC e amplificador por 200 dólares é o suficiente para esquecê-los quantas vezes forem necessárias.
Preço: R$–
Disponível no Brasil? Não mais.
Sim! O bom e velho iPod Classic. “Ué, mas ele não saiu de produção?” – sim, e é exatamente por isso que ele está aqui. Esqueça o que os audiófilos te dizem: esse é um ótimo aparelho, com uma bela qualidade de som, silêncio de fundo sepulcral (algo que a Apple sempre fez muito bem), usabilidade ímpar (em minha opinião a Clickwheel é melhor que qualquer touchscreen), memória para dar e vender, bateria que dura 30 horas e uma interface impecável. De fato, em termos de sonoridade é possível fazer um pouco melhor, mas o tradicional iPod é muito competente. O Classic é minha companhia diária desde que se chamava Video, há quase 10 anos – e por bons motivos. Minha vontade de comprar uns 10 para estocar enquanto ainda posso não é pequena.
Preço: US$639,99
Disponível no Brasil? Não.
Como acabei de dizer acima, o iPod Classic é fantástico, e muito bom em termos de qualidade de som – mas dá para fazer melhor. E é exatamente isso que o Sony NW-ZX1 faz. Ele não tem tanta memória quanto o Classic e a bateria é um pouco menos lôngeva, mas além da construção absolutamente impecável e do belo ecossistema Android, o ZX1 apresenta uma personalidade um pouco mais quente e corpulenta que o aparelho da Apple, com uma característica mais analógica porém mais refinada, espacial e detalhada.
Preço: R$4.500,00
Disponível no Brasil? Sim.
Por melhor que o Sony fosse, ele ainda não me oferecia o suficiente para que eu decidisse abandonar a familiaridade e a conveniência que o iPod me entregava quando eu levava o preço em consideração. O mesmo para o HiFiMAN HM-801 e o iBasso DX100 que já tive. O Calyx M foi a exceção. Pela primeira vez, ouvi um player portátil que me fez achar que a diferença de preço para o iPod era justificável. A personalidade mais cheia e autoritária que citei no Sony é bem mais forte no M, e de alguma forma de maneira mais convincente. Além disso, ao contrário do Sony e do iPod, é expansível com dois cartões de memória. Seu grande problema é a vida pífia da bateria.
Preço: US$99,00
Disponível no Brasil? Não.
Sobre o Schiit Magni associado a um HifimeDIY Sabre USB DAC 2 com modo USB assíncrono:
Minha versão “definitiva” do sistema simples, barato e ótimo. Já é audiófilo, ou o mais audiófilo que 70-80% das pessoas vão querer. Toca muito bem um ortodinâmico como o HE-400 ao mesmo tempo que manda muito bem no Alessandro MS-1. Já toca os famosos hi-res (44.1, 48, 88,2. 96 kHz, tanto em 16 quanto 24 bits). É o meu setup do trabalho para o DT770 e me proporciona horas diárias de excelente música sem fadiga auditiva. Por menos de 200 dólares, quem há de querer mais? – Mário Lemos
Preço: US$250,00
Disponível no Brasil? Não.
Por mais que válvulas sejam muito atraentes, principalmente para iniciantes, a verdade é que amplificadores desse tipo muitas vezes não são tão apropriados a uma vasta gama de fones e, para completar, válvulas são bonitas mas podem ser também um inconveniente. Também há a questão de válvulas poderem ser mais exigentes em termos de componentes, e por isso em minha opinião as chances de um solid-state barato ser bom são maiores que as de um valvulado. E é aí que entra o Lovely Cube: é basicamente um clone DIY do Lehmann Audio Black Cube Linear, um amplificador SS muito bem conceituado, por um preço baixo. Vários membros do fórum MIND THE HEADPHONE têm um, e as impressões não poderiam ser mais positivas. Um, inclusive, o prefere ao seu Burson HA-160.
Preço: US$139,00
Disponível no Brasil? Não.
Um grande coringa, que atua com maestria em tudo o que faz. A FiiO sempre foi uma marca bem conceituada pelo Head-fi, mas acho que eu não imaginava que o E17 fosse ser tão bom. É um aparelho relativamente barato, portátil, atraente e bem construído, que serve como DAC via conexão USB, coaxial ou ótica (!) e como amplificador usando seu DAC interno ou uma entrada auxiliar TRS. É também extremamente capaz em termos de sonoridade, com uma personalidade musical e inofensiva, e potência suficiente para empurrar algo até o nível de um Sennheiser HD650 com muita autoridade competência – e ainda possui equalização de graves e agudos. Para completar, vem com qualquer acessório que você possa precisar. Não dá para não gostar.
Nota: todos os links externos para as lojas do artigo possuem meramente a função informativa de ilustrar onde os equipamentos podem ser comprados e os preços. Não temos qualquer afiliação às lojas ou responsabilidade sobre qualquer anúncio. Os preços são válidos até a data dessa publicação.