INTRODUÇÃO
Os fones da Grado são muito engraçados. Aliás, acho que a melhor palavra para descrevê-los é excêntricos. Tanto fisicamente quanto sonicamente. Em termos físicos, a marca nada totalmente contra a corrente, e traz um visual extremamente antiquado, mas ao mesmo tempo interessante e curioso. Há pouco plástico e há bastante madeira, metal e couro. Mas não de forma luxuosa – e sim rústica. Já em termos sonoros, os Grados são abertos, têm um som agressivo, na cara, cheio de energia. Há bastante impacto e pouca envolvência.
Eles ainda são feitos no Brooklyn, em Nova Iorque, e a qualidade de construção passa a impressão de que é um produto caseiro, mas no bom sentido. A madeira não é tratada com vernizes e lacas luxuosos. Parece que eles colocam um tronco no torno, fazem a forma, passam um pouco de seladora e lixa, depois o verniz, e pronto, fazem daquilo um fone. Não é que seja de baixa qualidade, mas comparar a algo como um Denon D7000 é uma piada de mal gosto. Para uma pessoa que não conhece fones de ouvido, mostrar o RS1i provavelmente vai render uma risada, que vai se tornar uma grande gargalhada quando ela souber o preço.
Aliás, por falar em piada, parece que foi isso que a marca tentou fazer quando mostrou fotos de um tour na fábrica. Vejam vocês mesmos. Temos o que parecem imigrantes ilegais trabalhando nos fones, um senhor octagenário (sem qualquer preconceito, mas ele dificilmente escuta mais de 12kHz) como chefe de engenharia, peças amontoadas, estantes bagunçadas, uma sala de audição com uma decoração de gosto extremamente duvidoso… o resultado é que os fones parecem misturar um ar de amadorismo com artesanato e informalidade, e isso é no mínimo intrigante. É meio antigo, feito à velha moda, não sei bem explicar.
Sinceramente, eu nunca fui fã, mas acho que depois do HP1000, estou cedendo aos outros modelos da linha…
Graças ao meu grande amigo Osni, uma pessoa de uma generosidade desconcertante, estou com dois outros Grados aqui, que vão ser comparados ao meu HP1000: o tradicional RS1i e o novato PS500.
O RS1 (depois RS1i) foi, por muito tempo, até a chegada do GS1000 e PS1000, o topo de linha da Grado. No entanto, por muitos, ainda é considerado o melhor fone produzido pela marca atualmente, já que a característica mais marcante do som da casa é a agressividade e frontalidade do som – e tanto o PS1000 quanto o GS1000 adicionaram uma característica que é muito buscada por audiófilos, mas ao mesmo tempo dissonante do normal da Grado: palco sonoro, que gera distância e destoa da sonoridade “na cara” habitual. Já o PS500 é mais moderno, e foi desenvolvido como uma versão mais simples e barata do PS1000, mas com uma assinatura semelhante.
O HP1000, para quem não leu a avaliação que fiz, é considerado um dos melhores fones já produzidos na história e ainda um dos mais neutros. Foi o primeiro fone da fabricante, sendo a ideia de Joseph Grado, seu criador, sobre como um fone perfeito deveria ser. Todos foram fabricados à mão pelo próprio, e sua filosofia, em termos de som, é diferente da de seu sobrinho, John Grado, atual presidente da marca e responsável por todos os fones da linha atual. Portanto, o HP1000 é considerado um fone com uma assinatura sonora fundamentalmente diferente daquela da Grado atual.
ASPECTOS FÍSICOS
Como disse antes, os Grados têm um aspecto totalmente diferente de basicamente todos os fones produzidos hoje. Há um ar de amadorismo e artesanato neles, visto através da simplicidade tanto do desenho quanto da execução.
O RS1i é o que deixa isso mais evidente: tem cups de mogno, uma madeira nobre, mas o tratamento é simples. Não há qualquer tipo de laca luxuosa, apenas seladora e verniz. Portanto, toda a granulação da madeira é perfeitamente palpável. Na parte externa, vemos a inscrição “Grado Reference Series RS1” numa letra muito antiquada. O headband, assim como em todos os outros modelos atuais, é muito simples e feito de courino, com um sistema de ajuste por rods. Simples e efetivo.
Esse sistema é exatamente igual ao do PS500, mas a peça que prende os cups ao headband é diferente. No primo mais novo é de plástico, enquanto no RS1i é de metal. No entanto, no PS500 as cups são internamente de madeira, mas têm um revestimento de metal. A ideia, aparentemente, é aliar as características de reflexão de cada material. Parece haver algum acabamento de laca (vá entender por que está no fone de metal e não no de madeira…), exceto onde vai a inscrição Grado Professional Series PS500. Achei, sinceramente, um acabamento ruim – o aspecto é feio e passa a forte impressão de amadorismo. A marca sempre passou isso, mas em fones como o RS1i, parece muito mais artesanal. É como se, no PS500, eles tivessem tentado algo mais ambicioso e, de certa forma, falhado.
O HP1000 é muito diferente, e está em outra classe: primeiramente, o headband é de couro, e não courino, e não há plástico: até a peça que segura os rods é de metal. O acabamento é muito superior. Os cups são de alumínio maciço, com um aspecto inifinitamente melhor que o do PS500
Mas, é claro, existem problemas. Um detalhe que não me agrada é a necessidade de duas rodinhas de metal que prendem o ajuste de altura. Nos Grados mais novos isso não é necessário, já que há uma pressão natural. Na minha opinião é uma solução melhor. O mesmo pode ser dito sobre a pressão lateral. Não sei o que há dentro do headband então não sei como explicar, mas o HP1000 é muito aberto e é necessário dobrar a estrutura para ajustar a pressão lateral. Nos mais novos isso novamente não é preciso, visto que já existe uma pressão leve, mesmo para cabeças pequenas. Por últmo, o peso: ele é muito mais pesado, e consequentemente mais desconfortável. Portanto, posso dizer que o HP1000 é muito melhor construído e acabado, na minha opinião mais bonito, mas bem mais inconveniente de se usar.
Nenhum dos três é confortável, mas o HP1000 é o pior, e o RS1i o melhor – por ser o mais leve. Quanto aos cabos, são parecidos. Longos, espessos e grosseiros. Praticamente impossibilitam o uso portátil – que seria possível, pois os três são razoavelmente eficientes. Mas, no HP1000, ele é um pouco mais fino.
O SOM
Já numa primeira audição, uma coisa fica evidente: os três pertencem, sem dúvida, a uma mesma família. Essa impressão familiar é muito mais forte do que a de qualquer outra marca que já tenha ouvido. Por exemplo, na AKG, o K1000 é totalmente diferente do K701, que também não tem nada a ver com o K272. Na Stax, o SR-007 mal lembra o SR-202, e na Sennheiser o que ouvimos de um HD650 não apresenta semelhanças com um HE90. Com os Grados, parece que estamos ouvindo três versões diferentes de um mesmo som, de uma mesma filosofia – e isso é muito interessante.
De maneira resumida, o RS1i é o mais agressivo, com graves muito presentes, médios realmente na cara, e agudos presentes mas sem excessos. O PS500 também é agressivo e mais em V, mais relaxado e mais frio – tem um pouco mais de graves, uma quantidade consideravelmente menor de médios e agudos mais presentes. O HP1000 é o mais diferente, muito mais suave e menos agressivo que os outros dois. Parece ter uma quantidade menor de todas as faixas de frequência. Pode ser interpretado como consideravelmente mais fidedigno que todos os outros Grados. Pode, também, ser interpretado como muito mais sem graça que os outros, que são, sem dúvida alguma, mais divertidos.
Nele, os graves têm ótima presença, bom peso e excelente textura, mas o destaque é o ataque. Trocando para o RS1i, imediatamente temos um incremento nessa região: muito mais peso e autoridade, mas quem sai perdendo é a neutralidade. Temos mais gordura e menos definição, além de um bump nos médio-graves acentuado. No PS500 não é diferente. Os dois apresentam uma performance muito semelhante nessa região. Porém, nesse último, há ainda menos definição. Não me entendam mal – a performance nos graves é fantástica, temos uma ótima capacidade de texturização e um peso sensacional, mas me parece que o HP1000 está mais próximo da neutralidade. Isso não é necessariamente melhor, já que eu mesmo, em muitas situações, vou acabar preferindo o peso extra que os dois novatos me dão. Ao contrário do HP1000, os dois se dão bem com música eletrônica (principalmente o PS500), e com rocks mais modernos. Esse adicional de gordura favorece uma apresentação mais musical.
Bumbos de bateria têm um impacto que frequentemente coloca um sorriso no meu rosto, e o resultado para rock desse incremento de graves é muito interessante. Acho que em alguns casos eles podem até passar do ponto, mas não há dúvidas de que há um aumento de impacto, e o fun factor do fone sai ganhando.
Nos médios, encontramos as maiores diferenças. Como disse antes, o RS1i é o mais agressivo, e a maior causa disso está aqui. Os médios são excessivamente para a frente, praticamente jogados com força na cara do ouvinte, mas isso não é feito de maneira desagradável – muito pelo contrário. Eles são deliciosos, líquidos, com uma fantástica capacidade de explicitar detalhes, transparência exemplar e uma fisicalidade fenomenal. O problema é que eles são sim agressivos e podem se tornar extremamente fadigantes. Já considero o HP1000 um fone com médios agressivos, mas o RS1i leva isso a uma outra categoria de agressão. Passa de um mero tapa na cara para um chute. Provavelmente com salto alto.
E é aí que entra o PS500: seus médios são, para os padrões da marca, muito recuados. Pode-se dizer que levam o fone mais para perto da neutralidade, mas perde-se em transparência, detalhamento e doçura. É uma apresentação mais fria por causa dessa característica. Apesar de geralmente preferir o resultado com o RS1i, a questão é que após algum tempo com ele nos ouvidos, colocar o PS500 é como respirar ar fresco. O irmão de madeira definitivamente cansa. Mas, ao ficarmos um tempo com o PS500, vemos que ele também é agressivo e também cansa consideravelmente.
Talvez aí se encontre um dos méritos do HP1000. Os médios se encontram num meio termo entre os outros dois em termos de quantidade, mas eles são muito mais suaves e doces. Ainda são para a frente e agressivos, mas a fadiga auditiva é reduzida drasticamente devido à suavidade com a qual a região média é apresentada. Novamente acabamos perdendo parte da diversão proporcionada pelo RS1i e PS500, mas isso ocorre em prol de uma calmaria que, em audições mais longas, é extremamente bem-vinda.
Essa diferença é muito importante em todos os gêneros, mas o resultado com cada um é diferente, assim como a preferência do ouvinte. Explico: para rock, o ataque das guitarras é absolutamente incrível – vide o Celebration Day do Led Zeppelin, que alia a maestria do rock clássico a uma mixagem atual –, e se eu fosse ouvir três ou quatro músicas, pegaria o RS1i sem sombra de dúvidas. O PS500 talvez fosse uma segunda alternativa. Mas, para ouvir o álbum inteiro, não iria pestanejar e escolheria o HP1000, que retém os médios agressivos e, apesar de perder um pouco na diversão, não tem os médios excessivamente agressivos do RS1i ou os agudos mais frios do PS500.
Porém, num calmo álbum de jazz, a preferência toma uma importância maior. Nesses casos, a agressividade do RS1i e do PS500 não proporcionam mais uma fadiga auditiva tão intensa. Gêneros mais calmos, inclusive, por vezes se beneficiam de um incremento nas três diferentes faixas de frequência. Ouvindo o excelente Bare Bones, da Madeleine Peyroux, por exemplo, o excesso de todas as faixas de frequência, interpretado como agressividade em rock, acaba parecendo doçura. Temos médios e graves muito líquidos, e agudos com fantásticos brilho e clareza. O PS500 tem uma apresentação fundamentalmente diferente, porque novamente soa muito mais frio, mas há uma atividade maior nas frequências mais altas, o que alguns podem preferir. Inclusive, há uma vantagem: os médios recuados do PS500 trazem uma apresentação um pouco mais espacial e aberta. Não que nos outros dois isso incomode, mas há defintivamente um ganho em espacialide com ele. Já o HP1000 está novamente num meio termo quanto aos médios: menos que o RS1i e mais que o PS500.
Entretanto, ele ganha em doçura por ter menos atividade nos agudos. Nessa região, aliás, ele é, entre os três, o mais calmo. Ao ouvir tanto o PS500 quanto o RS1i por algum tempo, a impressão que se tem ao colocar o HP1000 é que ele é um fone mudo e velado. Há muito menos agudos, mas o caráter deles é muito similar ao do RS1i. É como se fosse uma mesma performance, mas no RS1i eles estão mais à frente. O modo como interpretamos isso novamente vai depender do gênero musical e da preferência do ouvinte. Muitas vezes prefiro que eles venham mais para a frente, mas há situações em que algo mais relaxante é necessário.
Os que leram a avaliação do HP1000 sabem que considero sua performance nos agudos uma das melhores que já ouvi. Devo dizer que o RS1i não fica nem um pouco atrás nesse quesito – em termos de qualidade, eles são tão bem resolvidos quanto os do HP1000. No entanto, assumem uma posição mais frontal, com mais brilho, mas com corpo e neutralidade igualmente impressionantes. Definitivamente não os considero agressivos, mas, quando aliados ao resto da apresentação do fone, não há como negar que contribuem para o incremento da fadiga auditiva. Quanto à neutralidade no que diz respeito ao equilíbrio tonal, vou ser totalmente sincero: não sei quem está mais certo. Acho que isso depende muito da gravação. Se, nela, os agudos estiverem mais para trás, o RS1i vai entregar a melhor posição dos agudos. Se estiverem para a frente, vai ser o HP1000.
Nessa região, acho que o PS500 fica atrás dos dois. Por causa dos médios recuados, os agudos soam mais para a frente do que deveriam, e é uma apresentação mais fria. Há uma atividade consideravelmente maior nessa faixa de frequência, o que parece trazer uma impressão de maior detalhamento (mais em relação ao HP1000 e menos em relação ao RS1i), mas, em compensação, o corpo e a qualidade geral dos agudos é pior na minha opinião. Inclusive, em algumas poucas ocasiões ele sibila, o que não ocorre com os outros fones. Mas novamente batemos na tecla da preferência. Se você é do tipo que gosta de brilho, definitivamente vai ficar mais satisfeito com o PS500 do que com o HP1000.
Em termos de palco sonoro, os três são muito parecidos, e estão dentro do habitual da Grado: é pequeno e espacialidade não é o forte deles. Fones como o HE500, por exemplo, que já é um fone mais “restrito”, apresentam uma espacialidade mais envolvente. Ao mesmo tempo, os Grados soam mais abertos. É difícil de explicar, mas o HiFiMAN parece ter um som literalmente maior e mais envolvente, mas não mais aberto. Já um HD800 é infinitamente mais aberto, espacial e envolvente. Esse não é o forte da marca.
De toda forma, o PS500 é o mais espacial entre os três, principalmente devido aos médios relativamente recuados, seguido pelo RS1i. O HP1000 fica em último, mas não por uma grande margem – são todos muito parecidos. Aliás, o que parece acontecer com ele é curioso. É como se os três fones tivessem uma sonoridade base, a do HP1000. Ela representa, de cerfa forma, a filosofia sonora dos três. Porém, nele, ela é intocada. Já o RS1i pega os médio graves, uma parte dos médios e regiões mais altas dos agudos e as jogam para cima. O PS500 faz isso com os médio graves, os agudos vão ainda mais para cima e os médios são trazidos mais para baixo. É como se os três tivessem a mesma base, mas um sem tweaks, e os outros com tweaks diferentes.
O resultado disso é que o HP1000, por ser justamente mais linear e apresentar regiões de frequências mais bem balanceadas entre elas, parece acabar perdendo um pouco em resolução e detalhamento aparentes – e, consequentemente, em espacialidade. É uma apresentação mais “borrada”, porque não há um pico nos médios, nos graves e nos agudos, picos esses que acabariam parecendo distanciar instrumentos. Essa linearidade na apresentação acabam fazendo com que ela pareça mais compactada, se preocupando mais com uma apresentação geral do que com particularidades dela.
CONCLUSÕES
Eu definitivamente não imaginava que um dia me consideraria um fã da Grado, mas acho que é isso que aconteceu. Sinceramente, acho os três fones fenomenais. Em termos de som, temos, como disse antes, três interpretações diferentes de uma mesma filosofia. O HP1000 é sem dúvida alguma o mais doce e suave dos três. É curioso que eu o considerava agressivo, mas comparado aos irmãos mais novos, ele é definitivamente um lado muito mais calmo da agressividade. Há uma falta total de granulação. Em compensação, o RS1i encanta com sua frontalidade extrema, o que o traz uma fisicalidade e uma visceralidade espetacular. O PS500 traz uma versão diferente dessa sonoridade mais agressiva, trazendo força para os graves e agudos.
Realmente acredito que, escolher entre os três, apesar do preço muito maior do HP1000, depende do momento e das preferências do ouvinte. Posso afirmar que em termos de neutralidade ele está à frente dos outros, mas quem disse que é sempre isso que se quer? E em aspectos técnicos que não a neutralidade – como extensão, palco e dinâmica – ele não está à frente dos Grados mais novos. Isso não significa que ele não valha seu preço. Na minha opinião vale, justamente por ser incrivelmente neutro nas gravações certas, mais do que os outros dois podem sonhar em ser. Mas ouvindo outras coisas, em momentos diferentes, a diversão proporcionada pelo RS1i e pelo PS500 traz um belíssimo momento de audição.
O que mais me encanta nesses Grados é que estamos falando de três fones com assinaturas relativamente parecidas entre si – aquele caráter cru sobre o qual falei na avaliação do HP1000 se mantém nos três, assim como ataque, visceralidade, secura e fisicalidade –, mas muito diferentes de basicamente todos os outros fones da indústria. Essa singularidade fica ainda mais evidente quando colocamos os aspectos físicos na equação.
Os Grados são fones totalmente diferentes dos outros, e genuinamente passam a impressão de que não são feitos por uma corporação, com computadores que mensuram a fidelidade com microfones e computadores de altíssimo nível em incríveis câmaras anecóicas. Eles são feitos por pessoas teimosas, com ideias únicas e específicas sobre não só como as coisas devem ser feitas, mas também como devem parecer e como devem soar. Eles parecem mais próximos, mais reais, e não tentam encantar com um visual futurista, acessórios de luxo ou coisas parecidas… são produtos honestos, sem firulas, que representam a visão de uma família.
Essa visão é excêntrica, e parece não se importar com o que os concorrentes estão fazendo ou com aqueles que não vão entender o que a marca faz – não devem ser poucos. Eles têm uma visão própria de como fazer as coisas, e parece que ninguém vai mudar isso. Esse tipo de atitude, vista claramente através da pura singularidade dos seus produtos, é justamente o que mais me atrái a respeito dos Grados, e me lembra muito os carros da Morgan – bizarros, com visual antiquado e chassi de madeira. Mas eles têm algo que nem marcas que já “se venderam”, como Ferrari ou Lamborghini, não têm.
Não são feitos por máquinas e computadores com números. São feitos por pessoas obstinadas, que parecem ter paixão pelo que fazem, e a impressão que tenho é que essa paixão vai impressa em cada fone que sai da fábrica.
Grado HP1000 – fora de produção (entre US$1.400 por um HP2 num mau estado de conservação e mais de US$3.000 por um HP1i em excelente estado)
- Driver dinâmico único
- Impedância (1kHz): 40 ohms
- Sensibilidade (1kHz): desconhecida
- Resposta de Frequência: desconhecida
Grado RS1i – US$695,00
- Driver dinâmico único
- Impedância (1kHz): 32 ohms
- Sensibilidade (1kHz): 98dB SLP/1mW
- Resposta de Frequência: 12Hz-30kHz
Grado PS500 – US$595,00
- Driver dinâmico único
- Impedância (1kHz): 32 ohms
- Sensibilidade (1kHz): 98dB SPL/1mW
- Resposta de Frequência: 14Hz-29kHz
Equipamentos Associados:
iMac, HeadAmp GS-X, Cambridge Audio DacMagic